Pois bem, amigos. Cá estamos, de volta a BH. Depois de mais de duas semanas exaustivas, vivendo de perto a realidade de alguns assentamentos de terra no interior do Tocantins, penso que várias metas foram alcançadas.
A primeira, que era de trazer um pouco dessa realidade para cá, para o centro urbano, para a academia, está cumprida. Dentro de cada um de nós ficarão imagens e lembranças que, de alguma forma, nos terá transformado em seres mais críticos, mais sensíveis, e tomara, menos alheios a outras realidades dentro do nosso país.
A segunda, de levar um pouco de informação e esperança àquelas pessoas também foi cumprida, apesar de não conseguir mensurar sua intensidade. Avaliando a pouca ou nenhuma articulação política dos assentados; a falta de identidade da maioria deles com a terra e com o espaço em que vivem; e a covardia dos políticos, dos técnicos do incra, da população urbana, de todos nós, que poderíamos, com uma outra postura, com outras ações, através de uma nova consciência política, acelerar o processo de ressocialização daquelas pessoas, e de tantos outros milhões de pessoas que não vivem; mal, mal, sobrevivem, não sei dizer o que, de fato, deixamos lá.
Mas tenho esperança! É preciso que haja mais e mais rondonistas, da Una, de todos os lugares, para que essa nossa consciência se fortaleça. Como a professora Rosângela sempre nos lembrou em Paulo Freire ao longo da viagem, é preciso ter paciência histórica com nosso país.
Finalizo agradecendo imensamente à Una, na figura das professoras Natália e Maria Flávia pela oportunidade de participar dessa edição do Senar Rondon; ao meu amigo Paulo César, pelo apoio e pelas reflexões; à Cecília, pelo suporte em BH; ao professor Cristiano (Serviço Social) e às professoras Rosângela (Pedagogia), Daniela (Direito) e Bárbara (Enfermagem). Com paciência e determinação invejáveis, esse grupo trabalhou duro para que os obstáculos (muitos!) fossem sendo superados dia a dia; e finalmente, a todos os acadêmicos: Rosângela, Gislene, Camila e Vanusa, da Pedagogia; Graziele e Letícia, do Direito; Ana Paula, Paula, Michele, Fernanda, Luana e Adriana, do Serviço Social; e Juliana, Janaína, Nelma, Diego, Cristina, Ingrid, Marlene, Ana Carla e Fábia, da enfermagem. Esse grupo, que se construiu e se consolidou ao longo dessas semanas, aprendeu e ensinou muito, principalmente a este blogueiro, que, a partir de hoje, o devolve às mãos de Maria Flávia, sua legítima redatora, para sua continuação. Mais uma vez, a todos vocês, o meu muito obrigado.
Seguem as fotos finais, para matar e deixar saudades. Até breve!
Abraços,
Daniel.